Último dia de maio. Ontem, o mercado reagiu intensamente à possibilidade de dificuldades no Congresso dos Estados Unidos em relação ao “acordo” sobre o teto da dívida. Além disso, agora há uma forte probabilidade de um diferencial de juros menor para o Brasil. O dólar à vista encerrou o dia de ontem cotado a R$ 5,0423 para venda.
Os dados do IGP-M registraram uma deflação de 1,84% em maio, o que levou o mercado a perceber que o Banco Central (BC) terá espaço nos próximos meses para iniciar um ciclo de redução da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. Essa redução resultará em um menor diferencial de juros favorável ao Brasil. Além disso, o Federal Reserve (Fed) está caminhando para manter os juros em patamares mais altos por mais tempo devido à inflação.
Hoje, teremos o fechamento da Ptax de final de mês, e o mercado estará volátil. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista e serve como referência para a liquidação de contratos futuros. No final de cada mês, os agentes financeiros costumam tentar influenciá-la para alcançar níveis mais favoráveis às suas posições, seja apostando na alta ou na baixa do dólar.
Além do fechamento da Ptax de maio, o calendário econômico para hoje trará no Brasil a divulgação da taxa de desemprego e do Caged (índice de evolução do emprego). Nos Estados Unidos, teremos discursos de Bowman e Harker, membros do Fomc, além do PMI de Chicago e do Livro Bege. Na Europa, teremos um discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.
Abraço e boas operações!