Mantendo um clima positivo no mercado, os dados divulgados na última sexta-feira indicaram que a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços PCE, aumentou 0,2% no mês anterior, seguindo um crescimento de 0,1% em maio, de acordo com informações do Departamento de Comércio dos EUA.
Desconsiderando os elementos voláteis de alimentos e energia, o PCE subiu 0,2%, após um aumento de 0,3% no mês passado. Isso resultou em uma redução na taxa de crescimento anual do núcleo do PCE para 4,1%, o menor avanço desde setembro de 2021, comparado com os 4,6% de maio.
Perspectiva de Estabilidade na Política Monetária dos EUA Impulsiona Mercados Emergentes: Analistas Preveem Realocação de Investimentos
Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,2% no núcleo do índice de preços do PCE para o mês, chegando a 4,2% na comparação anual. Na semana passada, o Federal Reserve aumentou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, em linha com as expectativas. Embora tenha deixado a possibilidade de ajustes adicionais, a maioria dos mercados acredita que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos chegou ao fim.
Essa perspectiva torna os investimentos em renda fixa denominados em dólar menos atraentes, o que pode resultar em uma realocação de recursos para mercados mais rentáveis, como os emergentes.
O índice do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes permaneceu estável durante a semana anterior, mas apresentou perdas significativas em relação a moedas emergentes, como o peso mexicano, peso chileno e real.
Avanço de Reformas e Melhora na Nota de Crédito Soberano Elevam Otimismo de Investidores no Brasil
Enquanto isso, no Brasil, os investidores continuavam demonstrando otimismo em relação ao ambiente de negócios, impulsionados pelo avanço de questões como o arcabouço fiscal e a reforma tributária no Congresso, além da elevação da nota de crédito soberano do Brasil para “BB (BVMF:BBAS3)” pela agência de classificação de risco Fitch, ante o anterior “BB-” com perspectiva estável.
Agora, o mercado aguarda a reunião de política monetária do Banco Central, que ocorrerá na próxima quarta-feira, com ampla expectativa de um afrouxamento das taxas de juros.
Analisando o calendário econômico, teremos uma semana com muitos indicadores importantes sendo divulgados e alta expectativa de volatilidade principalmente na quarta e quinta feira.
Esses são os principais tópicos nos quais os traders devem dar atenção durante a semana:
- Inflação nos EUA: Aumento de 0,2% no índice de preços PCE e redução do crescimento anual do núcleo do PCE para 4,1%.
- Federal Reserve: Elevação dos juros em 0,25 ponto percentual, indicando possível fim do ciclo de aperto monetário nos EUA.
- Mercados emergentes: Perspectiva de realocação de investimentos mais atrativos devido ao declínio nos retornos de renda fixa denominados em dólar.
- Brasil: Otimismo entre investidores com avanço de questões econômicas e elevação da nota de crédito soberano pela agência Fitch.
- Política monetária: Expectativa de afrouxamento dos juros pelo Banco Central brasileiro.
Oportunidades surgirão e devemos ficar atentos para aproveitar todas elas!
Grande Abraço!